Dr. Victor Portocarrero - Urologista
Testosterona baixa afeta fertilidade?

A testosterona baixa pode afetar a fertilidade, reduzindo libido, qualidade do sêmen e função erétil. O tratamento deve ser feito com urologista, após avaliação clínica e exames hormonais.
A testosterona baixa pode afetar a fertilidade masculina, mas de maneira indireta. Esse hormônio é essencial para a saúde sexual e reprodutiva, pois influencia a produção de espermatozoides, o desejo sexual e a função erétil. Quando seus níveis estão abaixo do ideal, o homem pode enfrentar dificuldades para ter relações sexuais e, consequentemente, para conceber.
No entanto, é importante destacar que a fertilidade masculina depende não apenas da testosterona, mas também da ação de outros hormônios e da saúde dos testículos. Em alguns casos, homens com níveis baixos de testosterona ainda conseguem produzir espermatozoides viáveis, enquanto outros podem apresentar queda significativa na contagem espermática.
Além do impacto direto na qualidade do sêmen, a testosterona baixa pode comprometer a vida sexual do casal, reduzindo a frequência das relações por falta de desejo ou dificuldades de ereção. Dessa forma, a deficiência hormonal deve ser investigada e tratada com cuidado, sempre com acompanhamento de um urologista.
Como a testosterona baixa interfere na fertilidade?
A testosterona baixa afeta a fertilidade principalmente porque está relacionada à regulação do eixo hormonal masculino, que inclui hipófise, hipotálamo e testículos. Se há falha nesse eixo, a produção de espermatozoides pode ser reduzida.
Outro ponto importante é a influência na libido. Homens com testosterona baixa tendem a ter menor desejo sexual, o que reduz a frequência das relações e, consequentemente, as chances de gravidez.
A qualidade da ereção também pode ser prejudicada. A dificuldade de manter uma ereção firme interfere diretamente na vida reprodutiva do casal, limitando a possibilidade de fecundação.
Além disso, baixos níveis hormonais podem alterar a vitalidade dos espermatozoides, diminuindo sua capacidade de movimentação e dificultando a fertilização do óvulo.
A reposição de testosterona pode melhorar a fertilidade?
A reposição de testosterona não é indicada como tratamento direto para infertilidade, pois o uso do hormônio externo pode até inibir a produção natural de espermatozoides. Isso acontece porque a testosterona administrada externamente sinaliza ao cérebro que não há necessidade de estimular os testículos, reduzindo a espermatogênese.
Em pacientes com desejo de ter filhos, existem alternativas que estimulam a produção natural de testosterona e espermatozoides. O tratamento deve ser individualizado, considerando exames laboratoriais, idade, histórico e desejo reprodutivo.
Em alguns casos, medicamentos como gonadotrofinas ou moduladores seletivos de receptores hormonais podem ser utilizados para restaurar a produção endógena de testosterona e preservar a fertilidade.
Por isso, é essencial que o tratamento seja conduzido por um urologista especializado, evitando riscos de infertilidade induzida por reposição inadequada.
Sintomas de testosterona baixa que podem prejudicar a fertilidade
Entre os sinais clínicos que sugerem testosterona baixa e que podem afetar a fertilidade, estão a redução do desejo sexual, fadiga constante e dificuldade para manter ereções. Esses sintomas impactam diretamente a vida sexual e as chances de concepção.
Alterações físicas também podem ser observadas, como perda de massa muscular, acúmulo de gordura abdominal e diminuição da densidade óssea. Essas mudanças reduzem a vitalidade geral e podem afetar a autoestima, prejudicando a vida sexual.
Do ponto de vista emocional, a baixa testosterona pode causar irritabilidade, falta de concentração e sintomas depressivos, o que interfere na disposição para manter relações sexuais frequentes.
Esses sintomas não devem ser ignorados. Quando associados a dificuldade em engravidar, exigem avaliação com urologista e exames laboratoriais para confirmar os níveis hormonais.
Fatores que relacionam testosterona baixa e infertilidade
Principais fatores de risco
- Hipogonadismo primário ou secundário.
- Idade avançada e declínio natural dos hormônios.
- Obesidade e resistência insulínica.
- Uso de anabolizantes ou esteroides sem prescrição.
- Doenças crônicas, como diabetes e hipertensão.
Impactos na fertilidade
- Redução da produção de espermatozoides.
- Alteração da motilidade e vitalidade espermática.
- Queda na libido e redução das relações sexuais.
- Disfunção erétil persistente.
- Menor probabilidade de gravidez natural do casal.
Conclusão
A testosterona baixa pode afetar a fertilidade masculina, reduzindo a libido, prejudicando a ereção e comprometendo a qualidade dos espermatozoides. O tratamento inadequado com reposição hormonal pode até agravar o quadro, reduzindo a espermatogênese.
O Dr. Victor Portocarrero, urologista em Jundiaí, oferece avaliação completa, exames laboratoriais e acompanhamento individualizado para homens com suspeita de testosterona baixa. O objetivo é recuperar a saúde hormonal e garantir que o tratamento preserve tanto a saúde sexual quanto o desejo de fertilidade do paciente.