Dr. Victor Portocarrero - Urologista

29 de maio de 2025

Como é feita a reposição hormonal masculina?

Como é feita a reposição hormonal masculina

A reposição hormonal masculina pode ser feita por injeções, géis ou implantes, com acompanhamento médico constante para ajustar doses e garantir segurança e eficácia no tratamento.

A reposição hormonal masculina é realizada por meio da administração de testosterona  no organismo. Esse tratamento tem o objetivo de normalizar os níveis hormonais em homens que apresentam deficiência comprovada do hormônio, com sintomas que impactam a qualidade de vida. A escolha da forma de aplicação depende do perfil clínico do paciente, de suas preferências e da resposta ao tratamento.


Existem três métodos principais utilizados na prática médica: as injeções intramusculares, os géis transdérmicos e os implantes subcutâneos. Todos exigem prescrição e acompanhamento médico, pois a automedicação com hormônios pode causar efeitos colaterais graves e prejudicar a saúde do paciente.


O sucesso do tratamento está na individualização da terapia, ou seja, ajustar a forma de reposição e a dose correta para cada paciente. Além disso, exames periódicos são fundamentais para monitorar a eficácia e a segurança do tratamento, evitando complicações a médio e longo prazo.

Quais são as formas de aplicação da testosterona?

As formas mais utilizadas para a reposição hormonal são as injeções, os géis e os implantes hormonais. As injeções são aplicadas via intramuscular e podem ser de curta duração (aplicações quinzenais ou a cada 21 dias) ou de longa duração (aplicações trimestrais), conforme a substância utilizada. São práticas e possuem um custo acessível, mas podem causar variações hormonais mais acentuadas.


Os géis transdérmicos, por sua vez, são aplicados diariamente sobre a pele, geralmente nos ombros, braços ou abdômen. Essa via promove uma absorção contínua e evita picos de testosterona, proporcionando níveis mais estáveis. É indicada para homens que preferem evitar agulhas, mas exige disciplina e cuidados para não transferir o produto a outras pessoas por contato direto.


Já os implantes subcutâneos consistem em pequenos pellets de testosterona inseridos sob a pele, com liberação gradual do hormônio por até seis meses. Esse método oferece comodidade, pois não requer aplicações frequentes, e reduz as variações hormonais. A inserção é feita em consultório, com anestesia local, e tem se tornado uma opção cada vez mais popular.


Como o médico define o melhor método para cada paciente?

A escolha da forma de reposição hormonal deve levar em conta uma série de fatores individuais. O primeiro é o estilo de vida do paciente: homens com rotinas mais agitadas ou que viajam com frequência podem preferir implantes, por exemplo. Já os que desejam maior controle e ajustes rápidos tendem a se adaptar melhor aos géis ou injeções.


Outro fator importante é o custo do tratamento. Injeções costumam ser mais acessíveis financeiramente, enquanto os  implantes podem ter um custo mais elevado. No entanto, o custo-benefício deve ser avaliado considerando a estabilidade dos níveis hormonais, os efeitos colaterais e a conveniência de uso.


Além disso, o histórico clínico do paciente, presença de doenças associadas e possíveis efeitos colaterais também influenciam a decisão médica. A consulta com um urologista experiente é fundamental para avaliar todos esses aspectos e recomendar a melhor alternativa de forma segura e eficaz.


Quais cuidados são necessários durante o tratamento?

Durante a reposição hormonal, é essencial manter o acompanhamento médico regular. O tratamento exige exames periódicos para avaliar os níveis de testosterona, a função da próstata (por meio do PSA), o hematócrito (que pode aumentar com o uso de testosterona) e os níveis de colesterol. Esse controle garante que a reposição esteja sendo feita de forma segura.


O paciente também deve ficar atento a sinais de efeitos colaterais, como acne, retenção de líquidos, alterações no humor, aumento de apetite ou dificuldades para dormir. Caso esses sintomas apareçam, o médico poderá ajustar a dose ou modificar a forma de aplicação da testosterona.


Além disso, é importante manter hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, prática de atividades físicas e controle do estresse. A reposição hormonal, por si só, não substitui o estilo de vida saudável — ela deve ser parte de um plano terapêutico mais amplo, voltado para o bem-estar global do paciente.


A reposição hormonal tem efeito imediato?

Os efeitos da reposição hormonal não são imediatos, mas costumam surgir de forma progressiva. Nos primeiros dias ou semanas, é comum perceber melhora na energia, disposição e humor. Com o tempo, há também aumento da libido e melhora da função sexual, incluindo ereções mais satisfatórias.


Já os efeitos físicos, como aumento de massa muscular, redução da gordura corporal e melhora da densidade óssea, demoram um pouco mais para se consolidar. Normalmente, esses benefícios são percebidos após dois a três meses de tratamento contínuo, desde que a reposição esteja sendo feita corretamente.


É fundamental que o paciente tenha expectativas realistas e compreenda que o tratamento hormonal é um processo gradual. O acompanhamento com o urologista ao longo dos meses ajuda a monitorar essa evolução e fazer os ajustes necessários para alcançar os melhores resultados possíveis.


A reposição hormonal deve ser personalizada e monitorada continuamente

A reposição hormonal masculina é um tratamento eficaz e transformador, mas só apresenta bons resultados quando aplicada de forma personalizada e com rigoroso acompanhamento médico. Cada organismo reage de maneira diferente, por isso é essencial seguir um plano específico, elaborado com base em exames e nas queixas clínicas do paciente.


Escolher o método mais adequado, respeitar as dosagens e manter o acompanhamento regular são os pilares para garantir a segurança e o sucesso do tratamento. Não existe uma “melhor forma” de reposição para todos — existe a melhor forma para cada caso.


Se você apresenta sintomas de baixa testosterona ou já tem diagnóstico de hipogonadismo, procure um urologista de confiança. O tratamento correto pode restaurar sua vitalidade, melhorar sua saúde sexual e proporcionar uma vida mais ativa e equilibrada.


COMPARTILHE O POST

FALE COM O DOUTOR
Como é o pós-operatório de vasectomia: cuidados nos primeiros 30 dias
Por Victor Portocarrero 15 de julho de 2025
O pós-operatório de vasectomia é simples. Com repouso, analgésicos e cueca justa, a recuperação costuma ser rápida. Os cuidados nas primeiras 4 semanas evitam dor, inchaço e complicações.
A vasectomia afeta testosterona?
Por Victor Portocarrero 15 de julho de 2025
A vasectomia não afeta a testosterona. A produção hormonal continua normal após a cirurgia, sem impacto na libido, força muscular, ereções ou características masculinas.
Por Victor Portocarrero 15 de julho de 2025
O cálculo renal na gravidez exige atenção. Pode causar dor intensa, infecção e riscos ao bebê. O tratamento deve ser seguro para a gestante, priorizando hidratação, analgesia e, se necessário, cirurgia.
Cálculo renal de 1 cm ou mais: melhores opções de tratamento
Por Victor Portocarrero 15 de julho de 2025
O cálculo renal de 1 cm ou mais exige tratamento ativo. As melhores opções são a litotripsia extracorpórea, a cirurgia a laser (RIRS) e a mini-percutânea, dependendo do caso.
Pré‑operatório de vasectomia: exames necessários e como se preparar
Por Victor Portocarrero 15 de julho de 2025
O pré-operatório de vasectomia exige exames simples, preparo físico e emocional. Seguir orientações sobre jejum, medicamentos e higiene íntima é essencial para uma cirurgia segura e sem imprevistos.
Vasectomia dói? Passo a passo do procedimento e controle da dor pós-operatório
Por Victor Portocarrero 15 de julho de 2025
A vasectomia causa desconforto leve: anestesia local elimina a dor na hora, e analgésicos controlam o incômodo depois. Seguir orientações médicas garante recuperação rápida e quase indolor.
Como preparar o corpo para a cirurgia de vasectomia
Por Victor Portocarrero 3 de junho de 2025
Para se preparar para a cirurgia de vasectomia, é essencial seguir as orientações médicas, manter jejum, suspender medicamentos conforme prescrição e cuidar da higiene da região genital.
a vasectomia causa ganho de peso
Por Victor Portocarrero 3 de junho de 2025
A vasectomia não causa ganho de peso. O procedimento não interfere nos hormônios nem no metabolismo. Alterações no peso podem estar ligadas ao estilo de vida, e não à cirurgia em si.
A vasectomia é eficaz imediatamente
Por Victor Portocarrero 3 de junho de 2025
A vasectomia não é eficaz imediatamente. É preciso aguardar de 2 a 3 meses e realizar exames de espermograma para confirmar a ausência de espermatozoides no sêmen antes de abandonar os métodos contraceptivos.
quando a reposição hormonal é indicada
29 de maio de 2025
A reposição hormonal é indicada quando há deficiência comprovada de testosterona, geralmente por exames, e sintomas como cansaço, baixa libido, perda muscular e alterações emocionais.
Mais Posts